domingo, 6 de novembro de 2011

O CONVENTO


Os talheres de ouro depositados por mãos
desconhecidas, ao lado o prato. E a voz- cinqüenta
anos de prazeres sobre a terra. E a seqüência
raciocina mais ou menos como raciocinaria
um ser - humano da média, duas mulheres aguardam
sua vez de transar com o homem dos cinqüenta - anos-
de prazeres sobre a terra, este imperecível que se encontra
no interior de uma pequena área separada do resto-
do que seja lá o que for que seja- enquanto, há desmaios e
e orgasmos sem nenhum contato se pele sobre pele-
apenas memória e a prospecção do que poderá ocorre
dentro da cabine separada por biombos onde estrelam ameixeiras
brancas e vermelhas, uma de cada lado do rio-caminho
enquanto, gritos, gritos e mais vem do interior-
e é aí no que pode-se chamar de batismo nas práticas
ergue-se a voz – uma outra- dizendo, alto lá Milionário
e Zé rico, cáspite,devem, zelar pelo critérios na escolha
destas fitas, ó irmãos, encerra assim a sessão no interior
do convento o comandante-em- chefe- do- cuidado-espiritual,
pessoas e um além-gente começam a deixar o recinto,
imprecações e gestos um pouco indignados, misturam-se
a uma evidência de ocultamentos e a voz, outra , não
se pode passar um filme deste num lugar como este, sim,
principalmente para pessoas como nós, voz,não.




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